domingo, 24 de julho de 2011

O Deserto na Vida Espiritual


Podemos entender o Deserto sob dois aspectos, como uma relidade física, buscada pelo homem, ou como uma realidade espiritual que toca toda a vida do homem, ao qual DEUS,  parece atrair-nos constantemente para uma forte experiência.

O deserto é uma obra de Deus, para onde Ele dirige os seus eleitos: Ose 2, 16

Podemos cair na tentação de querer entender esta rica experiência de Deus como uma punição divina, o que não corresponde a realidade, pois se Deus atrai os seus para o deserto é por desejar que mergulhem em sua intimidade. É sinal do "Amor Terrível" de Deus (Carlos Carreto) que atrai para que o homem possa exclamar : "Conhecia-te só de ouvido, mas agora viram-te meus olhos…", como o justo Jó (Jó 42, 5).

Os grandes homens de Deus nas escrituras experimentaram desta obra em suas vidas, uma obra de purificação e aproximação com Deus.

O DESERTO COMO SITUAÇÃO DE VIDA:

O deserto encerra sempre uma obra de desinstalação, uma obra de "despojamento total de si e encontro com a VERDADE... Podemos chamar esta Obra de "Kenwsis" (Kénosis), ou seja, um quebrantamento radical de si mesmo. Esta Obra é descrita na carta aos Filipenses 2, 5 - 11. No texto bíblico o Apóstolo fala do mistério da encarnação: Cristo modelo de humildade sendo de "condição humana, não considerou o ser "igual a Deus" como algo a apegar-se, mas despojar-se.

Kénosis é um despojamento pleno, ontológico e profundo. Esta palavra grega evoca uma ação de violência.

A Obra do deserto é de violência, um chamado a lutar. O ambiente hostil do deserto pode muito refletir a ação de Deus. Apenas os corajosos devem entrar no deserto. O próprio Jesus dá o testemunho sobre os homens que serão encontrados no deserto ao falar de João Batista (Mt 11, 7__14). Não são os de roupas finas ou caniços agitados pelo vento, mas os violentos. Devemos aspirar pelo deserto com todas as nossas forças, pois lá mergulhamos no coração de Deus e na misericórdia Divina, mas sem esquecer que esta é uma obra que exige um esforço. Deus não atrai crianças para o deserto, mas homens que possam lutar, e nos atrai para que despertemos do orgulho e saiamos das garras do pecado, é uma obra sempre próxima à crise.

O DESERTO PARA O POVO DE DEUS

O Povo de Deus viveu momentos maravilhosos no deserto, mesmo consciente que este sempre representou uma luta. Na meditação do Povo de Deus sobre a sua experiência ao ser atraído ao deserto, ele descobriu as maravilhas escondidas no ríspido ambiente hostil, que se refletem muito bem na meditação dos profetas e demais escritores do Antigo Testamento. Entre os muitos temas encontramos de maneira especial:

No deserto se afirma mais claramente para o Povo a unicidade de Deus. É no deserto que o Povo eleito compreende melhor a grandiosidade de Iahweh. No deserto o Povo eleito na encontra referências diversas para expressar a sua segurança como fará ao entrar na Terra Prometida depositando sobre ídolos a a sua esperança de segurança. Só Deus é a realidade que pode libertar no deserto, uma realidade imutável. Ao estabelecer-se na Terra (sair do deserto), Israel confunde as várias forças com divindades, enquanto ele encontrava-se preso à desolação mergulhava muito mais no único Poderoso… 

É o tempo da fidelidade! A diferença entre o pecado do Povo no deserto e na terra prometida é fundamentalmente diferente: no primeiro caso está uma não aceitação do Senhorio de Iahweh e no segundo um recurso a outros deuses. No deserto o Povo rebela-se muitas vezes contra o abandono que exige o deserto desejando ser Senhor da sua própria vida, mas sempre consciente de Grande é o Senhor que o tirou do Egito. Na terra este mesmo Povo perde-se em busca de outros deuses esquecendo-se de Iahweh.

O deserto é ainda associado ao inimigo que haveria de tombar dentro de uma primitiva cosmologia. Sinal assim do transitório e do poder de Iahweh que deveria triunfar sobre tudo. Ao contemplar a desolação própria do deserto a religião primitiva o associava às forças contrárias à vida que vinha de Iahweh, logo Iahweh demonstrava seu poder transformando em oásis o deserto… 

Refletindo sobre o deserto o Povo compreende que Deus o conduz para provar, mas que ele fora protegido e guardado refletindo assim um tempo de graça… (cf. Deut 8). Este foi a maior descoberta do Povo de eus, que o fez enxergar no deserto a mão misericordiosa do Senhor, este mesmo sentimento foi transferido para o Exílio muitas vezes associado ao deserto (cf. Dn 3). 

sábado, 23 de julho de 2011

O Vaso do Oleiro


Foi esta, então, a linguagem do Senhor: “Casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz esse oleiro? – oráculo do Senhor. “O que é a argila em suas mãos, assim sois vós nas minhas, casa de Israel.” (Jeremias 18, 05 – 06)


“Em seu infinito amor o Pai quis escolher almas esposas para o Seu Divino Filho e para isto não escolheu as melhores, as mais belas, mas, a fim de manifestar a sua glória e seu poder, resolveu escolher as mais pecadoras, as mais fracas, os vasos de argila, para aí realizar Sua Grande Obra. Toda Glória pertence, assim, Áquele que nelas tudo realizou.”
 (Moysés Azevedo – Escritos Amor Esponsal, 05)


Tanto a passagem de Jeremias quanto as palavras de Moysés nos Escritos do Amor Esponsal, vem revelar o desejo e o cuidado de Deus por nós, num amor autêntico que nos acolhe mesmo diante das nossas fraquezas, nossas limitações, nossas infidelidades é Esse amor de ESPOSO, que nos acolhe na nossa verdade!

Quanto ainda nos falta para que possamos ser verdadeiramente almas Esposas, almas preocupadas em agradar o Amado, em fazer tudo para Ele e por Ele!

A entrega, a confiança, o abandono, o deixar-se moldar pelas mãos do Oleiro, que é Jesus, eis o caminho, que Ele próprio nos ensinou!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Segredo da Samaritana





Um dos encontros mais belos do quarto evangelho é o de Jesus com a Samaritana. Muito conhecido, muito explorado, já exaustivamente comentado o diálogo travado entre esta mulher pagã, não judia, com Jesus. Ela que se torna grande e corajosa evangelizadora, após ter ela mesma bebido da água viva oferecida por Jesus, e não somente da água do poço de Jacó. Entretanto, o que há de novo neste encontro que seja luz para nós? O que há de novo na Palavra de Deus que nos faça crescer na vivência concreta e diária do Evangelho?


Creio que valha a pena nos determos no que acontece entre o encontro de Jesus com essa mulher e a partida dela, em missão, em aberta evangelização na região onde vivia. O que acontece entre o primeiro passo e o resultado dele é o encontro de amor com o Esposo. É Jesus quem toma a iniciativa de puxar conversa. Ele está à espera. Isso nos dá a certeza de que, como evangelizadores, semeadores da Palavra e construtores do Reino, (aquilo que somos chamados a ser quando assumimos a vocação Shalom), nosso papel é levar a pessoa, qualquer pessoa, todas elas, ao encontro de Jesus, onde Ele a espera, o espera. Jesus espera aqueles que são seus e lhes foram dados pelo Pai e com eles trava um diálogo de verdade de, na verdade, começando um relacionamento pessoal que vai ao encontro de tudo o que a pessoa precisa para se tornar adoradora e livre em ‘espírito e em verdade’.

Seguindo os passos da Samaritana e vendo esta conversa acontecer, notamos que o Senhor a alcança onde está a sua maior vulnerabilidade: na sua vida sexual, nos seus afetos e emoções, nos seus relacionamentos amorosos com o sexo oposto. Sem que Ele alcance esta dimensão da sua existência ela não poderia se tornar aquilo que ela vem a ser: um testemunho livre e eficaz. Não sei se entre nós há muitas pessoas que tenham tido cinco maridos ou cinco mulheres, cinco ‘companheiros ou companheiras’, com quem tenham vivido maritalmente. Mas creio que entre nós há inúmeros corações que amaram e se apaixonaram e se envolveram emocionalmente e até fisicamente com cinco ou até mais do que cinco pessoas. E é aí que Jesus quer tocar, quer pensar as feridas (sendo Ele mesmo o Bom Samaritano!), quer soprar ressurreição. Jesus não se escandaliza absolutamente com nada que diz respeito a nós, pois ele sabe o que há no coração humano, mas Ele seguramente quer nos dar um sopro de vida que nos sacie a sede de amor, libertando-nos de tantos jogos e comportamentos que só nos tem levado à dor, à solidão e ao pecado. Ele quer se apresentar a nós como o Esposo, ensinando-nos a não mais buscar nas pessoas aquilo que somente Deus pode dar. Ele é o Esposo que nossas vidas anseiam sofregamente encontrar.


Quando a Samaritana replica e pede: ‘Dá-me de beber!’, ela pede a Jesus o dom do Espírito para conseguir libertar-se de suas desordens afetivas. E aí aparece o Esposo que se apresenta e pede água e dá água viva! Seguramente naquele tempo, mesmo havendo fofoca e falatório, não poderia haver tanta exposição das desordens sexuais-comportamentais à luz do dia como vemos hoje na TV, no cinema, na internet e no ambiente social que nos cerca e no qual vivemos. Mas seja às claras, seja escondido, pois as realidades existenciais do ser humano são atemporais, o Senhor nos espera para que a Ele entreguemos todas as desordens sexuais e relacionais presentes em nossa história.


Não adianta abafar, não adianta esconder, nem tampouco negar as marcas deixadas em nós, no corpo, na mente, nos afetos e na alma, pelas concupiscências de nossa própria carne e da carne dos outros em nós! Quantas pessoas sofreram agressão sexual, abuso sexual! Quantas pessoas sentem em si mesmas a desordem e a compulsão manifestada no homossexualismo, na masturbação, nos jogos de sedução e manipulação do próprio corpo e do corpo alheio, entre homens e mulheres, entre mulheres e homens! Quanto mau uso do corpo humano em busca de amor e de segurança!


Mesmo que já estejamos ativamente empenhados na evangelização, o Senhor nos convida a não esconder nada dele, a não deixar qualquer sombra maculando nossa alma. O Senhor quer fazer brilhar a limpidez da água viva onde se encontram as vergonhas e a mesquinhez, nosso calcanhar de Aquiles, nosso pecado e tudo o que ficou distorcido como consequência dele no entendimento que temos sobre nós mesmos. Jesus quer nos ensinar a viver plena e livremente o dom da nossa sexualidade e identidade, o dom de nosso corpo. Jesus não nos quer vivendo de aparências, com vida dupla ou de discursos. Jesus pede que chamemos ‘os nossos cinco maridos’ – e cada um sabe o nome que cada um assumiu em sua história de vida! – e os apresentemos a Ele. Só assim Ele pode se tornar verdadeiramente nosso Esposo.


E nesse caminho, é a graça da castidade, dom do Espírito, que fará de Jesus verdadeiramente o Esposo. É o dom da castidade que torna Jesus o grande amor de nossas vidas, e coloca aos poucos a ordem do amor original em nós. Seja qual for nosso estado de vida Jesus não nos quer impuros ou puritanos, reprimidos ou depravados. O mais belo de todos os homens, quer fazer este novo em nós: quer arrancar-nos das mentiras e das manipulações da cultura secular que nos empurra para o pecado e para a mentira, e quer fazer de todos nós belos e belas como Ele, almas esposas. Só assim nosso testemunho será fecundo como foi o da Samaritana. Só assim daremos prova de verdadeira conversão. E que o Esposo nos ajude a jamais desanimar...

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por 
Revista Shalom Maná - Ed. Shalom

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Quem encontrou um Amigo, encontrou um tesouro!



"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante". (Eclo 6,14ss)

Amigo não é apenas um conhecido, colega ou companheiro. Não! Amigo é amigo. Se eu quisesse definir amigo e amizade teria de encontrar as palavras certas e o conceito exato, porque amigo não é uma coisa qualquer. É por isso que a Palavra de Deus nos diz que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro.

Um amigo pode nos transformar. E por que nos transforma? Porque antes de tudoo amigo nos ama como somos.

Ele consegue nos corrigir e, muitas vezes, só o amigo é capaz de fazer isto. O que o pai não consegue, o que a mãe não consegue, um amigo consegue fazer. Ele atinge o coração; ele chega naquele lugar em que ninguém consegue chegar.

E por que ele consegue chegar lá? Repito: porque o amigo nos ama como somos. É por isso que ele consegue nos transformar.

O amigo é capaz de dizer as coisas como elas são, ele consegue nos dizer as verdades que não queríamos ouvir, mas como o amigo é amigo, acabamos ouvindo. Muitas vezes, nos chateamos, afastamos, ficamos sem nos comunicarmos, mas passam as horas, os dias e logo a gente volta atrás, entende, acolhe, se dobra e tudo muda.

Às vezes brigamos, nos revoltamos, mas porque amigo é amigo, não conseguimos ficar longe. A amizade é mais forte que a briga, a revolta e, que bom que é assim! Muitas vezes, só a amizade é capaz de nos dobrar. Ter amigos é essencial! Ser amigo é o segredo da vida e da vitória. Porque na amizade há amor puro, amor desinteressado.

O verdadeiro amigo é um grande tesouro!

Seu irmão,
Pe. Jonas Abib


Feliz Dia do Amigo!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011



Arraiá da Vovozinha!!
Foi tudo de bão!!!
Com direito a Quadrilha e tudo mais!!!


quinta-feira, 14 de julho de 2011


EM QUADRILHA MATUTA? TEM SIM "SINHÔ"!
TEM MUITO FORRÓ PÉ-DE-SERRA? TEM SIM "SINH...
Ô!!
TEM COMIDA TÍPICA? TEM SIM "SINHÔ"!!!

TEM ARRAIÁ DA VOVOZINHA? TEM SIM SINHÔOOOO!!!!!

E VOCÊ, VAI PERDER ESTA FESTA? CLARO QUE NÃO, SINHÔ!! 

SALVE LOGO ESTA DATA!! DIAS 16 E 17 DE JULHO, SEMPRE A PARTIR DAS 19H, NO ASILO DA COMUNIDADE SHALOM, EM VIGÁRIO GERAL! 

O MELHOR: "DI GRÁTIS"!! MAS VOCÊ PODE LEVAR 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL E AJUDAR AS VOVOZINHAS DO ASILO! 

E TEM FORRÓ A NOITE INTEIRA, COM O CABRA MAIS ARRETADO DO RIO, O FORROZEIRO CHICO SALES!! 

E PARA A MATUTA E CABOCLO MAIS AMARMOTADO DA FESTA, UM BRINGUELO ESPECIAL!! 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Angelus


O "Angelus" é a oração Lauretana por excelência. 
(João Paulo II) 

A lgreja costuma rezá-la às 6 de manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde, as horas das "Ave Marias"

O Anjo do Senhor anunciou a Maria 
E Ela concebeu do Espírito Santo 
Ave Maria ...
Eis aqui a serva do Senhor 
Faça-se em mim segundo a vossa palavra. 
Ave Maria...
E o Verbo se fez carne 
E habitou entre nós. 
Ave Maria...
Rogai por nós Santa Mãe de Deus 
Para que sejamos dignos das promessas de 
Cristo
Oremos, infundi, Senhor, como vos pedimos, 
a vossa graça em nossas almas, para que 
nós, que pela anunciação do Anjo viemos ao 
conhecimento da encarnação de Jesus 
Cristo, vosso Filho, por sua paixão e morte 
sejamos conduzidos à glória da ressurreição. 
Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. 
Amém.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dica de Filme


Eis um filme que vale assitir. Com uma mesagem magnífica de amor ao próximo, perdão, caridade e submissão!
Vale  a pena ver!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Semeador

 
Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço-vos por estardes reunidos para o encontro do Angelus aqui em Castel Gandolfo, onde cheguei há poucos dias. Aproveito de bom grado a ocasião para dirigir a minha saudação cordial também a todos os habitantes desta querida Cidade, com o desejo de uma boa estação de verão. Saúdo particularmente o nosso Bispo de Albano.

No Evangelho deste Domingo (Mt 13,1-23), Jesus dirige-se à multidão com a célebre parábola do semeador. É uma página, de algum modo, "autobiográfica", porque reflete a experiência mesma de Jesus, da sua pregação: Ele identifica-se com o semeador, que espalha a boa semente da Palavra de Deus e observa os diferentes efeitos que obtém, seguidos do tipo de acolhimento reservado ao anúncio. Há quem escuta superficialmente a Palavra, mas não a acolhe; há quem a acolhe no momento, mas não tem a constância e perde tudo; há quem seja dominado pelas preocupações e seduções do mundo; e há quem escute de modo receptivo, como o terreno bom: aqui a Palavra produz fruto em abundância.

Mas esse Evangelho insiste também sobre o "método" da pregação de Jesus, isto é, de fato, sobre o uso das parábolas. "Por que lhes falas em parábolas?" – perguntam os discípulos (Mt 13,10). E Jesus responde colocando uma distinção entre esses e a multidão: aos discípulos, isto é, àqueles que já estão decididos por Ele, Ele pode falar do Reino de Deus abertamente, ao passo que, aos outros, deve anunciá-lo em parábolas, para estimular, de fato, a decisão, a conversão do coração; as parábolas, de fato, por sua natureza, requerem um esforço de interpretação, interpelam a inteligência, mas também a liberdade. Explica São João Crisóstomo: "Jesus pronunciou essas palavras com o objetivo de atrair a si os seus ouvintes e exortá-los, assegurando que, se se voltassem a Ele, Ele lhes curará" (Comm. al Vang. di Matt., 45,1-2). No fundo, a verdadeira "Parábola" de Deus é Jesus mesmo, a sua Pessoa que, na forma da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade. Desse modo, Deus não força a crer n'Ele, mas nos atrai a Si com a verdade e a bondade do seu Filho encarnado: o amor, de fato, respeita sempre a liberdade.

Queridos amigos, amanhã celebraremos a festa de São Bento, Abade e Patrono da Europa. À luz desse Evangelho, olhamos a ele como mestre da escuta da Palavra de Deus, uma escuta profunda e perseverante. Devemos sempre aprender com o grande Patriarca do monaquismo ocidental a dar a Deus o lugar que é Seu de direito, o primeiro lugar, oferecendo a Ele, com a oração da manhã e da noite, as atividades diárias. A Virgem Maria ajude-nos a ser, com base em seu modelo, "terra boa" onde a semente da Palavra possa produzir muito fruto.




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Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282554

domingo, 10 de julho de 2011

Maria


Respondeu-lhe o anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o ente Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel tua parenta, até ela concebeu uma filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida como estéril, por que para Deus nenhuma coisa é impossível”. Então disse Maria: “Eis aqui a seva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo afastou-se dela. (Lucas 1, 35-38)

Sempre que leio esta passagem, meu coração sente admirado da fé de Maria. Uma fé sem medidas, uma fé diante da ausência de sinais. Mas uma fé firmada sobre a rocha.
O sim de Maria trouxe a nós o Salvador, o Libertador de nossas almas, mas o que gostaria de partilhar dessa passagem é justamente a obediência de Maria, na oferta do seu Fiat, mesmo sem saber muito bem onde aquele sim a levaria.
Quantas vezes diante de nós mesmos, nas nossas experiências de oração, de escuta, na meditação da palavra, pedimos a Deus sinais, prodígios, para correspondermos com nosso sim?
E muitas vezes o que Deus nos pede é justamente isso: acreditar, confiar e esperar!
Ainda que diante da ausência de sinais concretos!
Temos muito a aprender com Maria, exemplo de serva, mãe e discípula.
No seu silêncio contemplativo, na sua oferta de vida, no seu sim, na sua fé!
Que possamos rogar a Maria todos os dias, para que ela como nossa mãe interceda junto ao Pai, para que possamos ter uma fé firmada sobre a rocha!

Uma linda música do Davidson Silva diz exatamente o que tentei expressar:

Exemplo de Esperança
 Davidson Silva
Como Maria eu quero me entregar 
de corpo e de alma 
crendo que DEUS tudo fará (2x)

Não Temerei se acaso tua vontade SENHOR for maior que eu, Se Maria acreditou eu também o farei (2x)

Maria mãe de JESUS 
és exemplo de esperança em DEUS 
Nas promessas Daquele que é e sempre será (2x)

Tua alma engrandeceu o Senhor dos Senhores
Teu espírito exultou o Salvador (2x)

Aquela que acreditou nas promessas do seu Senhor (2x)


Amigos do Shalom Petrópolis
Por: Josiane M. Fonseca

sábado, 9 de julho de 2011

Aniversário da Comunidade Católica Shalom



No dia 9 de julho de 1982, Moysés Azevedo fundou a Comunidade Shalom, em
Fortaleza.

Graças ao seu sim e de tantos outros, a Comunidade está em várias cidades do
mundo, evangelizando e dando um novo sentido de vida a muitos jovens, famílias, enfim, a muitas pessoas. Nesta data tão marcante só temos gratidão a Deus por nos proporcionar essa
vocação de Amor.

Que possamos a cada dia com nossa vida, corresponder a esse amor Esponsal.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

RECADO AOS JOVENS


Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos. (Papa João Paulo II)

O que será do homem se ele não reconhecer o desejo inscrito em seu coração de ser totalmente de Deus? Nossas vidas somente terão sentido autêntico quando nos permitimos guiar por aquele que é o "Caminho, a verdade e a Vida". Nada poderá satisfazer plenamente o coração, pois a autenticidade de vida é uma busca própria da Juventude, desejosa da sua realização pessoal. E nessa procura, nós jovens achamos que a nossa identidade pode ser traduzida pela roupa que vestimos, ou pelas músicas que escutamos, pelos programas que assistimos ou pelos padrões de comportamento de cada tribo. Assim, acabamos nos perdendo, pois por mais cativante que seja essa tendência ou ideologia que seguimos, fatalmente um dia ela acabará. Acabará porque ela é um produto do homem, e tudo aquilo que é obra de nossas mãos está  fadado a ter um fim. Entretanto, a vivência da pureza de coração não é simplesmente um produto do homem, mas sim vontade de Deus: " Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt. 5, 8). Na ocasião em que Nosso Senhor dirigiu essas palavras, havia uma multidão reunida em torno dele, no momento conhecido por todos nós como Sermão da Montanha. Neste Momento, Jesus apresenta um dos requisitos necessários para nossa felicidade: Sermos Puros de Coração. E naquela multidão havia inevitavelmente Jovens, que ali estavam representando todos nós.
É importante sabermos que a pureza de coração é conquistada através de muita luta, travada contra o nosso maior inimigo

É muito fácil colocar a culpa das nossas falhas no Demônio ou no "mundo", mas a realidade é que dos nossos corações é que surgem os pecados que cometemos. Por maior influência que o Mal possa ter, a decisão de cometer ou não o pecado é pessoal.
Lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas: Essa é a missão daqueles que escolheram lutar pela pureza de coração. Uma luta que exige a vivência da castidade.

Por fim, Gostaria de apresentar um Testemunho de quem viveu e venceu a luta pela pureza de coração:
"Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da riqueza - não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa com suas concupiscências; mas o que faz a vontade de Deus Permanece eternamente"
(1ª Carta de São João 2, 15-17)

Autor Desconhecido
Enviado por: Diego Martins
                    Amigos do Shalom Petrópolis