terça-feira, 5 de outubro de 2010

Espiritualidade Shalom



A espiritualidade Shalom é um presente de Deus para a Igreja e para o mundo de hoje. Ela se concretiza na vida de cada membro da Comunidade e está presente no coração de todos aqueles que são chamados por Deus a esta magnífica vocação. A espiritualidade não é fruto de um planejamento humano, mas é um projeto divino que hoje se manifesta na nossa vida, é uma graça que cada irmão recebe a fim de construir no mundo, como Comunidade, a “civilização do amor”.
Podemos resumir a espiritualidade Shalom em sete pontos, a saber:

1. Compromisso com o espírito da Renovação Carismática Católica (R.C.C.) e uso dos carismas do Espírito Santo para a edificação da Igreja
“Fundamentados na grande experiência carismática do Novo Pentecostes na Igreja, a Comunidade, através da experiência da efusão do Espírito Santo e do desabrochar e uso dos seus carismas (....) vive sua consagração, serve à Igreja e colabora com a implantação da paz no mundo” (ECCSh, 4).
Somos uma Comunidade carismática, estamos comprometidos com a espiritualidade da R.C.C., pois nascemos a partir desta graça e sem ela não podemos existir. Isso não implica um compromisso com a estrutura hierárquica da R.C.C., e, sim, com a experiência da efusão do Espírito Santo e com a utilização dos seus carismas na nossa vida pessoal, comunitária e apostólica.

2. Amor esponsal e incondicional a Jesus Cristo, segundo o modelo de vida de São Francisco de Assis e o caminho de oração de Santa Teresa D’Ávila
“O amor esponsal a Jesus Cristo, obra da vontade do Pai que o Espírito Santo realiza e inflama em nossos corações, é a base de nossa espiritualidade e fonte de nossa vida” (RVSh, 158).
“Neste caminho de amor esponsal e santidade, o Senhor nos dá um modelo: Francisco de Assis. Como o Senhor deu a Francisco um coração amante e despojado, assim também Ele no-lo quer dar. Por outro lado, o Senhor nos dá um caminho a seguir: o de Santa Teresa D’Ávila. O caminho de oração, de intimidade com o seu Senhor, de união íntima com o Amado, é caminho também para as nossas almas” (RVSh, 216).

3. Amor filial por Nossa Senhora como Mãe e Rainha da Paz
“Para mergulharmos em todo o mistério de Cristo, quis o Senhor nos entregar sua Mãe (cf. Jo 19,27). Acolhendo-a em nossa vida, na verdade, somos acolhidos no seu seio onde, pelo poder do Espírito, ganhamos uma profunda intimidade com o Verbo Encarnado de Deus” (ECCSh, 82).
Nossa Senhora é sempre para nós aquela que nos lança em Deus e na sua vontade. Por ela nutrimos um amor e relacionamento filiais e a honramos todos os dias com a recitação do terço. Como sinal de nossa devoção, temos sempre em nossas capelas um ícone ou imagem da Virgem Maria.

4. Forte chamado à oração profunda e à união da vida contemplativa com a vida ativa
“O Senhor nos chama a desfrutar dessa intimidade com Ele com profundidade e intensidade. Devemos estar conscientes de que é a partir desta intimidade profunda, pessoal e comunitária com o Senhor, onde Ele nos encherá do seu amor, que poderemos transbordar este amor no trabalho de sua vinha, espiritualizando, santificando, cristificando cada momento e cada serviço” (RVSh, 153).
O chamado à oração profunda concretiza-se na vida de oração pessoal e comunitária, nos momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento, nos retiros pessoais e comunitários, na vida sacramental, no estudo da Palavra, no terço e nos momentos de ensino. O louvor é a base de nossa intimidade com Deus.
Abraçando e vivendo em profundidade esses momentos de oração, poderemos assim transbordar em nossa vida a presença de Deus. Mantendo nossos corações e nossas mentes unidos a Ele, seremos sempre contemplativos, inclusive no apostolado e na vivência fraterna.

5. Exercício do amor fraterno segundo o modelo de unidade e caridade da Trindade
“Devemos ser porto seguro de compreensão, amor e orientação para todos aqueles que nos rodeiam (...). Devemos desenvolver a virtude da escuta dos irmãos e a maneira sábia de os conduzir a Jesus Cristo, Nosso Senhor. A vivência do perdão é sinal vivo da presença do Senhor no meio de nós e é exercício que devemos desenvolver constantemente” (RVSh, 111).
“É anseio do coração do Amado que nos dediquemos a dar provas de amor uns para com os outros. O amor ao irmão é uma maneira concreta de mostrarmos o quanto amamos o nosso Amado, amando aquele a quem tanto Ele ama e por quem Ele deu a sua própria vida” (RVSh, 228).

6. Amor sincero pela Igreja e desejo de servi-la através da obra e da vida missionária
“Como portadora de um carisma particular na Igreja, a Comunidade cultiva sua profunda comunhão com ela, expressa por meio de um especial amor, submissão e serviço ao Santo Padre e aos senhores Bispos, colocando-se, de acordo com o carisma que lhe foi dado, a serviço da edificação da sua Igreja” (ECCSh, 22).
O amor pela Igreja é uma forte característica de nossa vocação. Nela nascemos e nela existimos. Por isso somos missionários, estamos à disposição da Igreja para servi-la onde ela precisar de nós.

7. Opção radical pelo Evangelho mediante uma consagração de vida
Chamados que fomos a uma consagração de vida, temos a consciência de que o Senhor nos convida a algo mais, a um compromisso mais profundo do que aquele assumido em nosso Batismo e confirmado no sacramento da Crisma: “O dom Shalom é um chamado de Deus para uma nova forma de vida pessoal e comunitária baseada na vivência radical do Evangelho” (RVSh, 27).

fonte: comunidadecatolicashalom.org

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